As dez pragas do Egito foram calamidades que aconteceram quando os hebreus viviam nessa terra, submetidos a trabalhos pesados, em dura escravidão, subjugados pelo Faraó.
Contexto histórico
José, um dos doze filhos de Jacó foi vendido como escravo pelos seus irmãos. Apesar de seu sofrimento, Deus o honrou e ele se tornou o governador de toda a terra do Egito.
Jacó e sua família habitavam em Hebrom, mas ao saber que José estava vivo e também para fugir da seca que assolava a terra, mudou-se para o Egito. Partiu sob a orientação de Deus levando toda a sua família. José providenciou tudo o que eles necessitavam e tiveram uma vida boa durante muito tempo.
Segundo a Bíblia, o povo Hebreu cresceu em grande quantidade e se fortaleceu no Egito. A terra de Gósen, onde os hebreus viviam, se encheu deles de tal forma, que chamou a atenção de Faraó.
Muito tempo se passou e José e seus irmãos já não eram vivos. Um novo Rei assumiu o poder. Esse Rei desconhecia José e não se importava com o passado do Egito. Diante disso, começou a escravizar os hebreus porque temia que eles se unissem para destruir o Egito, visto que eram fortes e numerosos.
Vendo então todo esse sofrimento, Deus enviou Moisés para libertar e conduzir o povo Hebreu à Terra Prometida. Essa libertação não foi pacífica, pois o Faraó que governava o Egito não queria perder os escravos Hebreus que trabalhavam sob dura servidão. Diante disso, o coração de Faraó se endureceu e não permitiu que o povo Hebreu deixasse o Egito.
Então, para forçar o Rei Faraó a deixar o povo partir, Deus mandou as dez pragas do Egito.
As dez pragas do Egito foram:
- Água em sangue (Êxodo 7:17-25)
- Rãs (Êxodo 8:2-13)
- Piolhos (Êxodo 8:16-19)
- Moscas (Êxodo 8:20-32)
- Peste sobre bois e vacas (Êxodo 9:1-7)
- Feridas sobre os egípcios (Êxodo 9:8-12)
- Chuva de pedras/granizo e fogo (Êxodo 9:13-35)
- Gafanhotos (Êxodo 10:1-20)
- As Trevas e a Escuridão total (Êxodo 10:21-29)
- Morte de todos os primogênitos (Êxodo 11-12)
Conheça as dez pragas do Egito em imagens:
Primeira: As águas do Rio Nilo foram transformadas em Sangue. (Êxodo 7:17-25)
Deus estava pronto a desafiar a resistência de Faraó com as dez pragas. Assim, Esta primeira praga seria um ataque direto a um objeto egípcio de adoração: a Água. Ás águas foram transformadas em sangue e matou todos os peixes, ficando então imprópria para consumo humano. Faraó suportou a praga do Sangue por sete dias.
Segunda: Rãs que saiam do Rio e invadiram as casas. (Êxodo 8:2-13)
Deus mandou Moisés novamente à presença de Faraó para exigir que o povo fosse autorizado a sair do Egito, mas Faraó recusou e Deus permitiu que surgissem rãs do Rio que atingiram as casas, quartos, camas, fornos e amassadeiras.
Terceira: A praga de Piolhos (Êxodo 8:16-19)
Deus mandou Moisés dizer a Arão para ferir o pó da terra, que se tornaria em piolhos. Esses insetos atingiram os homens e o gado também. Atacavam a pele, o nariz, os ouvidos e os olhos, causando muita irritação e até a morte. Eram tantos piolhos que não havia meio de encontrar alívio. Assim, pela primeira vez, os magos não conseguiram imitar o feito.
Quarta: O enxame de Moscas (Êxodo 8:20-32)
Desta vez Deus mandou Moisés confrontar o Faraó pela manhã cedo, quando o monarca estava a caminho das águas. A ordem de Deus para Faraó era: "Deixa ir o meu povo, para que me sirva". Porém, mais uma vez, o coração do Faraó endureceu. Moisés avisou que se ele recusasse o pedido haveria uma praga de moscas. E assim aconteceu.
Quinta: A morte do Gado (Êxodo 9:1-7)
Deus pacientemente continuou exigindo de Faraó a libertação dos Israelitas e novamente avisou que se o rei continuasse recusando a libertação do povo, mais uma praga viria. Dessa vez, o gado do Egito foi o alvo da quinta praga.
Sexta: A Sarna e as Úlceras (Êxodo 9:8-12)
Na sexta praga, assim como na terceira, não houve repetição da exigência a Faraó e nenhum aviso foi dado. Moisés estava perante o rei, pegou cinzas do forno e as lançou no ar. As cinzas se tornaram em tumores que se arrebentavam em úlceras nos homens e nos animais.
Sétima: Pedras/Granizo e Fogo (Êxodo 9:13-35)
Esta praga foi prefaciada pela exigência e pelo aviso frequentemente repetidos. Embora as pragas não seguissem umas às outras com aumento de intensidade, havia um aumento global de perigo de vida. O propósito de Deus era claro: "Para que saibas que não há outro como Eu em toda a terra".
Oitava: A praga dos Gafanhotos (Êxodo 10:1-20)
Moisés foi a Faraó mais uma vez e lhe deu a nova mensagem de forma clara e às pressas. "Até quando recusas humilhar-te diante de mim?". Entretanto, seu coração continuou endurecido. Desta vez, Deus traria gafanhotos para a terra. Eles cobririam a face da terra e comeriam tudo que restou das outras pragas. Veio então a praga. Os gafanhotos entraram nas casas e também nas plantações causando uma terrível destruição.
Nona: As Trevas e a Escuridão total (Êxodo 10:21-29)
Sob as ordens de Deus, Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias, eram trevas que podiam ser apalpadas.
Décima: A morte de todos os primogênitos (Êxodo 11, 12)
O rei poderia ter evitado essa catástrofe final se tivesse agido com prudência e sensatez, mas seu coração era excessivamente duro. O filho primogênito era o orgulho e a alegria dos egípcios. O filho mais velho "era a esperança, o esteio e o sustento da casa, o companheiro do pai, a alegria da mãe, o objeto de reverência do irmão e da irmã". Nesta última praga portanto, morreriam os primogênitos, desde os que viviam no palácio do rei até os do casebre mais simples. Essa praga gerou um grande clamor que ressoou em toda a terra do Egito, resultando na partida dos Hebreus.
Conclusão
Os hebreus saíram do Egito com um número aproximado de 600.000 homens, além das mulheres e das crianças. Foi o início de uma grande jornada, mas sempre guiados e protegidos por Deus.
Essas dez pragas do Egito mostraram o poder de Deus e o cuidado d'Ele com seu povo. A libertação de Israel da escravidão do Egito foi um acontecimento extraordinário que sempre será lembrado, pois culminou na conquista da Terra prometida e na formação de Israel.